16 de junho de 2012


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EMPRESÁRIOS E CONSUMIDORES MAIS OTIMISTAS 15/06/2012
A política econômica adotada pelo governo federal, com destaque para as sucessivas quedas da taxa básica de juros (Selic) e a redução dos juros bancários, está contribuindo para o aumento do otimismo de consumidores e empresários do Estado. ? o que aponta pesquisa de opinião do comércio varejista realizada pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas). 

Para o levantamento, foram ouvidos 300 representantes de lojas situadas nos principais pontos do comércio de Belo Horizonte, nas regiões do Barreiro, Centro-Sul, Leste, Nordeste, Noroeste, Oeste, Pampulha e Venda Nova. A margem de erro é de até 5 pontos percentuais dos resultados para a amostra como um todo e intervalo de confiança de 95%. 

A pesquisa mostrou que 75,1% dos empresários entrevistados apostam que as vendas irão aumentar com a redução dos juros. Na avaliação do economista da Fecomércio Minas, Gabriel de Andrade Ivo, isso significa que mesmo antes de surtirem os efeitos efetivamente esperados, as medidas adotadas pelo governo têm sido bem aceitas, tanto por empresários quanto por consumidores. Assim, segundo ele, a expectativa é de que o otimismo acerca do desempenho do comércio varejista seja ainda mais positivo no acumulado do exercício. 

"O cenário estável sustenta a confiança no futuro que, por sua vez, aliada aos novos padrões de consumo, encontra fácil acesso ao crédito, com prazos dilatados e juros mais baixos e campo fértil para as compras, contribuindo para o desempenho das vendas do comércio varejista", explica. 

Na percepção de 49,4% dos lojistas consultados pela Fecomércio Minas, as reduções dos juros dos bancos foram direcionadas ao capital de giro. Destes, 35,6% alegaram ter observado queda de até 5%. Já 24,4% disseram que a redução foi de 5% a 10%, e 28,9% de 10% a 15%. Já a percepção de aumento da oferta de crédito para capital de giro ocorreu para apenas 32,3% dos entrevistados. 

No caso dos descontos para recebíveis, 37,3% dos comerciantes afirmaram que os bancos reduziram os juros. A redução foi de até 5% para 35,9%; entre 10% e 15% para 20,5% e entre 15% e 20% para 30,8% dos empresários ouvidos. 

Assim, 71% dos empresários acreditam que o mercado financeiro está mais competitivo, contra 18,4% que não acreditam nesta maior concorrência e 10,6% que se dizem indiferentes quanto a essa questão. Deste total, 16,7% estão negociando a portabilidade de crédito com outros bancos e 83,3% não. Dos 16,7% que optaram por conhecer os serviços de outras instituições, 36,6% tomaram a decisão por acreditarem na oferta de serviços melhores. Já entre os 83,3% que optaram por não negociar com outros bancos, 38,4% alegam ter encontrado taxas de juros iguais às do banco que já trabalham. 

Além disso, Ivo destaca que 24,1% dos lojistas consultados pela pesquisa alegam que os bancos estão exigindo alguma contrapartida para a negociação de dívidas. Destes, 42,1% tiveram que fazer aquisição de produtos, 42,1% garantir a manutenção de saldo em conta corrente e 15,8% aderir a algum seguro. 

Por outro lado, a pesquisa revelou que com a redução nos juros, 30,1% dos entrevistados pretendem aumentar os prazos praticados em seus negócios e que 65,8% acreditam que a queda dos juros irá influenciar na redução da inadimplência. (Diário do Comércio)

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