3 de agosto de 2012


Existe hora certa para empreender?




O desejo de empreender pode despertar cedo para alguns ou aflorar após os 40, seja pela necessidade de trabalhar após uma demissão inesperada beirando a aposentadoria ou pela vontade de realizar um sonho. Aos 20 anos de idade, os jovens concentram energia de sobra e tempo suficiente para tentar novamente, caso o empreendimento não dê certo. Já na faixa dos 30, a maturidade é responsável em fazer o empreendedor investir com mais cautela e certeza do que deseja. No entanto, a vivência corporativa aliada à experiência de vida pode ser um importante fator para auxiliar quem passou dos 40 a apostar em um negócio próprio.

Uma pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor 2011 (GEM), em parceria com o Sebrae e o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP) com 54 países, constatou que o Brasil concentra 27 milhões de pessoas envolvidas em um negócio próprio ou na criação de um, sendo que mais da metade, 14,4 milhões, têm entre 25 e 44 anos. Ainda, segundo a sondagem, outros 3,4 milhões possuem até 24 anos, enquanto seis milhões estão na faixa de 45 a 54 anos, e 3,3 milhões mais de 55 anos.

Após os 40, escolher uma rede de franquias pode ser uma alternativa válida, pois, segundo o Sebrae, metade das empresas que abrem isoladamente fecham em até dois anos, enquanto que no franchising o percentual é de apenas 6%. “Recomeçar após a maturidade não é impossível, mas requer atenção redobrada, uma vez que, diferentemente dos jovens, não existe tempo suficiente para mudar de ideia no meio do caminho. Por isso, apostar os investimentos em uma rede consolidada, que ofereça apoio, é fundamental para empreendedores nesta faixa etária”, afirma Eduardo Leal, diretor de expansão da inFlux English School.

Uma prova de que a vida recomeça após os 40 também no mundo dos negócios é a experiência de Romildo de Carvalho Júnior, 57 anos, que nunca havia pensado em empreender e hoje é dono de uma franquia da inFlux na cidade de Brasília/DF e já planeja a abertura da segunda unidade.

Após dois diplomas e 25 anos de trabalho seguro como concursado de uma instituição financeira, ele foi impulsionado pelo desejo de uma das filhas de trabalhar por conta própria. “Minha filha escolheu a área da educação para atuar, e como sempre conciliei o trabalho no banco com a carreira de professor do ensino médio, fizemos uma sociedade e investi, aos 45 anos de idade, o que tinha acumulado durante anos de serviço. O negócio deu tão certo que pedi exoneração no cargo público que ocupava para dedicar meu tempo exclusivamente ao novo negócio”, conta Júnior.

"Cada vez mais temos percebido o interesse desse público em investir em franquias. Alguns possuem estabilidade no trabalho e outros estão próximos de receber a aposentadoria. No entanto, eles estão acostumados a trabalhar e não querem ficar improdutivos, seja pelo desejo de continuar ativos ou pelo momento propício que permitiu a eles um bom acúmulo de renda”, explica Leal.

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