25 de setembro de 2012

Consumidores tomam lugar de 

comerciantes no "Atacarejo"

Não é bem um 'atacado' nem apenas um 'varejo'. É um 'atacarejo'. Uma loja que atende pequenos comerciantes e donas de casa.

Atrás de preços mais baixos, os consumidores tiraram o lugar dos comerciantes. E já são maioria num tipo de loja que vende produtos em grandes - ou em pequenas quantidades.
Como se chama um mercado que vende em grandes quantidades? Caixas, pacotes fechados. Mas onde os clientes também podem colocar no carrinho só o que precisam.
Não é bem um 'atacado' nem apenas um 'varejo'. É um 'atacarejo'. Uma loja que atende pequenos comerciantes e donas de casa.
Uma rede de São Paulo - que só vendia em quantidades grandes - descobriu que abrir as caixas era um ótimo negócio.
“Havia demanda também pela compra em unidade e a rede passou também a oferecer o produto, além da caixa fechada em unidade direto a consumidor final", diz o presidente da rede, Belmiro Gomes.
O movimento das 60 lojas cresceu 32% no ano passado. Por um motivo muito claro.
"Na verdade, a gente está vindo atrás de economia”, conta a assistente Vanessa Marcondes.
Esse tipo de loja consegue vender mais barato porque compra em grandes quantidades e negocia o valor das mercadorias com as fábricas e também porque corta os próprios custos. Os atacarejos não têm serviços de padaria ou açougue, não têm empacotadores - só os clientes que embalam as compras. Aqui não existe luxo. E tem muita gente que não se importa com isso.
"Não, eu vou pra fazer as compras, o que interessa é o bolso”, revela Jorge Silbeberg, engenheiro.
Toda oferta ajuda. Leve três e pague dois, embalagem tamanho família.
"Comprando nessa quantidade sai mais em conta do que comprar em vasilhas menores", explica Ana Flavia Pagliusi, dentista.
E quase todo produto tem dois preços. Com desconto é para quem levar uma dúzia.
"Se você colocar dez 10 centavos ao longo do tempo, no prazo, mês, 30 dias no ano, você estará economizando um bom dinheiro", calcula o comerciante Roberto Gulin.
Uma pesquisa de uma consultoria especializada em comércio varejista mostrou que um terço dos brasileiros compra em atacarejos.
"É gente de todo público, majoritariamente níveis sócio-econômico médio e baixo, mas todos os níveis sócio-econômicos se abastecem sim no canal", conta Claudio Czarnovai, analista de mercado.
Só no ano passado, quase dois milhões de famílias fizeram essa opção. Hoje foi a primeira vez da advogada Nilza.
"A gente não vem atrás de luxo, vem atrás do produto”, explica Nilza Farinazzo.
 

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