28 de novembro de 2012


Duas razões para montar um atacarejo

Por Patrícia Büll - 22/08/2012
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Existem razões óbvias para o crescimento do modelo atacarejo: ele atende a nova classe média, que saiu da classe D para o consumo, mas cuja renda ainda é muito baixa, e atende os transformadores, cujas vendas crescem também graças aos ganhos do brasileiro. O que não se sabe é quando vale a pena introduzir esse formato e até se é interessante entrar no varejo por meio dele. Para Dalton Viesti, coordenador da Trevisan Escola de Negócios, atuar no atacarejo é uma boa alternativa para quem busca novas formas de investimento e também para quem já atua com varejo. Segundo ele, o formato abre oportunidades e torna as empresas mais competitivas. Quem fica de fora, perde as vantagens obtidas pelos concorrentes. Dois empresários que trabalham com atacarejo concordam. Veja por que eles entraram no negócio e o que conquistaram. Um é do interior do Pernambuco – a rede Bonanza com 18 supermercados e um atacarejo – e o outro é de Minas Gerais – o grupo Super Nosso/Apoio Mineiro, com 14 supermercados e oito atacarejos.

“Se eu fosse começar hoje no ramo, optaria apenas pelo atacarejo. É o formato que permite o melhor retorno sobre o investimento”. A afirmação é de Djalma Farias, diretor do Bonanza, com sede em Caruaru. “Entramos no segmento para preencher uma lacuna no mercado, para ocupar espaço na nossa área de influência. Afinal, é melhor nós entrarmos do que um concorrente. A loja foi inaugurada em 2010. Por enquanto, é a única nesse formato, mas sozinha já representa 11% do faturamento da rede. O negócio deu tão certo que temos planos para inaugurar mais um atacarejo ainda este ano, e outra em 2013”, diz Djalma.

Embora esteja no varejo há mais de 50 anos, Djalma afirma que, atualmente, vê no atacarejo um segmento mais rentável do que as lojas tradicionais. Embora os preços sejam menores comparativamente aos praticados pelas lojas tradicionais, o volume bem superior compensa a redução na margem de lucro.


De acordo com Djalma, as vantagens não param aí: o funcionamento do atacarejo é mais simples, o que melhora os resultados de toda a rede. “Para quem quiser começar, é não apenas viável como interessante pelo retorno que proporciona.” 

“Entramos no atacarejo para ter lojas com posicionamento distinto: as da bandeira Super Nosso, para o consumidor das classes AB, e as do atacarejo Apoio Mineiro, para o público CD, além de transformadores. Queremos atingir públicos diferentes para aumentar a penetração e os resultados”, explica o superintendente do grupo, Rodolfo Nejm. “Os dois formatos têm sinergias e um beneficia o outro. Por negociar grandes quantidades para abastecer os atacarejos, a rede consegue praticar no Super Nosso um preço médio compatível com o mercado, mesmo sendo o sortimento gourmet e o nível de serviços os grandes atrativos da bandeira. Assim, garantimos volume com o Apoio, responsável por 60% do faturamento do grupo, e rentabilidade com o Super Nosso, que se beneficia de seu padrão de atendimento.”
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