19 de junho de 2011

Crescimento da Economia Brasileira 2011 (Estimativa de 8 Economistas)

Crescer menos hoje para crescer melhor amanhã

São Paulo – Ainda que o governo Dilma tente vender a imagem de que o combate à inflação não vai atrapalhar o desempenho da economia brasileira neste ano, todos os analistas consultados por EXAME.com revisaram as suas estimativas para baixo.

Foram ouvidos apenas economistas renomados – exatamente os mesmos que participaram da reportagem sobre previsões para 2011 publicada em dezembro do ano passado. De lá para cá, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) encolheram assim como as estimativas para a inflação cresceram.
Não é exatamente o tipo de notícia que as empresas gostariam de receber, mas, se o governo tratar com seriedade o combate à inflação – dando autonomia para o Banco Central agir e apertando os cintos dos gastos públicos –, 2011 pode ficar marcado como o ano de ajustes que asfaltaram o crescimento sustentado no restante do mandato de Dilma Rousseff.

Na média, os oito economistas preveem crescimento de 3,9% para o PIB neste ano de 2011 (ante estimativa média de 4,6% em dezembro). O número é pouco mais que a metade da alta registrada no ano passado (7,5%) e inferior ao chamado PIB potencial (em torno de 4,5%). Para a inflação, a projeção média é de 6,4% (ante estimativa média de 5,4% em dezembro), índice muito próximo do teto da meta (6,5%).

Todos os especialistas elevaram suas estimativas para a balança comercial e projetaram Selic acima de 12% ao ano. Quando o assunto é a cotação do dólar no final de 2011, no entanto, há divergências nas previsões, que variam de R$ 1,55 a R$ 1,90.

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