24 de outubro de 2012


Mobile Commerce

Por Rafael Faustino - 19/10/2012
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O comércio por dispositivos móveis vem crescendo rapidamente no Brasil. Duas das maiores redes de supermercados do País já investiram nessa tecnologia, porém com soluções diferentes. Conheça as vantagens de cada uma

Smartphones, celulares com funções antes disponíveis apenas nos computadores, cresceram 73% em 2011, somando 9 milhões de unidades. Há menos tempo no mercado, os tablets, computadores portáteis em formato de prancheta, também se massificam rapidamente: serão 2,6 milhões no Brasil até o fim deste ano.
Reflexos de uma época em que tecnologia e mobilidade caminham lado a lado. Ao seu ritmo, o varejo já se adapta a essas mudanças. Duas das maiores redes do País, Grupo Pão de Açúcar e Walmart, já têm serviços de venda pela internet voltados a dispositivos móveis, embora em formatos diferentes. Enquanto a subsidiária da empresa norte-americana adaptou seu site à tela desses aparelhos, o GPA investiu em aplicativo personalizado, que fica armazenado no smartphone ou tablet do cliente.
E qual modelo oferece mais vantagens? É uma questão de ponto de vista. De acordo com a Pontomobi, empresa que desenvolveu as tecnologias para ambas as redes, o website adaptado pode trazer mais benefícios imediatos, principalmente porque é facilmente encontrado nas buscas online. "Cada vez mais as pessoas recorrem ao Google quando estão em movimento, tanto que 20% das buscas na internet são feitas em celulares", revela Terence Reis, diretor de operações da Pontomobi. Segundo ele, 40% dessas pesquisas são feitas para encontrar algum local, como lojas e restaurantes. "Esse dado revela uma oportunidade concreta de vendas", acredita.
No caso dos aplicativos, o ganho é na fidelização do cliente. "O espaço nos dispositivos dos consumidores é limitado. Se o download do aplicativo do varejista foi feito, significa uma manifestação clara de interesse por aquilo que ele tem a oferecer. É uma intenção de compra potencial", explica Reis. Em outras palavras, garantir um espaço fixo no smartphone ou tablet do consumidor faz com que a loja esteja à disposição dele em todos os momentos.
Na fase atual, que ainda é de adaptação às novas tecnologias, o Pão de Açúcar entende que o resultado financeiro deve ficar em segundo plano. A prioridade agora é oferecer conveniência ao público. "A principal intenção é se aproximar do consumidor, oferecendo praticidade na compra. O cliente leva seu celular para todos os lugares, e nós estamos fazendo parte disso", aponta Andrea Dietrich, gerente de marketing digital do GPA.
No Walmart as necessidades são outras. A empresa ainda não vende alimentos por meio da tecnologia mobile. Comercializa apenas produtos de maior valor agregado, como eletroeletrônicos, móveis e itens de cama, mesa e banho. Nessas categorias o consumidor compara preços e lojas antes de comprar. Levantamento da companhia mostra que muitos dos seus consumidores mobile caem na página do Walmart a partir de sites de busca e de comparação de preços. As vendas da rede nesse canal crescem, em média, 20% em relação ao mês anterior.
NO WALMART 
20% ao mês é o crescimento das vendas a partir de tablets e smartphones 
 20% é quanto o tíquete médio das compras por dispositivos móveis é superior ao das realizadas pelo  e-commerce tradicional
5% do faturamento do e-commerce este é o tamanho do mercado total de mobile commerce projetado pelo Walmart para 2015

Para identificar boas oportunidades de atuação no comércio mobile, uma boa dica é ficar de olho no comportamento do consumidor. Cris Rother, diretora de negócios da e-bit, empresa especializada em comércio via internet, conta que muitas pessoas deixam para comprar pelo celular aqueles produtos que não querem escolher na frente dos outros. "Percebemos que os homens compram muitos cosméticos e produtos de beleza pelo mobile. Eles ficam inibidos de comprar pessoalmente, ou até mesmo pelos computadores que dividem com mais pessoas", exemplifica.
Vale a pena ficar de olho nas oportunidades de vendas por meio de tablets e smartphones, que, segundo a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, deve movimentar R$ 2 bilhões já em 2013. "Temos conversas constantes com varejistas de outros segmentos. Acho que os supermercados estão demorando para investir", avisa Terence Reis, da Pontomobi. Então, chegou a hora de recuperar o tempo perdido, afinal, ignorar esse nicho de consumo pode significar ser passado para trás pela concorrência em pouco tempo.

NÚMEROS DO MERCADO
Aparelhos moveis nas vendas pela internet
Smartphones e tablets são usados cada vez mais para o consumo de produtos.

Fonte: Ibope/Nielsen – divulgação feita no evento MMA Mobile Day – Brasil, realizado em São Paulo no  mês de agosto

» 73% foi o crescimento de mercado dos smartphones em 2011
» 1,3% é a parcela das vendas do mobile commerce em relação ao comércio eletrônico tradicional
» 9 milhões é o número aproximado de smartphones hoje no Brasil
Fonte: e-bit


» 132 milhões de reais foi a movimentação do mobile commerce no 1º semestre deste ano
» 2 bilhões de reais é quanto as vendas por mobile devem atingir no ano que vem
Fonte: Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net)


As principais queixas do consumidor
o que mais atrapalha o brasileiro na hora de comprar com smartphones e tablets

Fonte: Ibope/Nielsen – divulgação feita no evento MMA Mobile Day – Brasil, realizado em São Paulo no mês de agosto
Matéria da edição: OUTUBRO: Fartura no Natal
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