23 de janeiro de 2012


O varejo virtual em crescimento




A vida moderna mudou o comportamento das pessoas. Hoje, 24 horas não são suficientes para suprir as necessidades do dia a dia. Não é à toa que a internet tem um papel tão importante nessa correria. Comodidade para quem passou mais da metade do dia trabalhando, facilidade para quem não quer sair de casa. O comércio varejista entendeu o recado e tem atendido a essa exigência.
Dados da e-bit Informação, empresa que faz pesquisas de mercado na área de e-commerce (comércio eletrônico), afirmam que a previsão para 2011 é que o varejo virtual atinja R$ 20 bilhões em vendas no País, representando crescimento de 30% sobre o ano passado. O varejo convencional cresceu 10% em 2010. “Qualquer comércio que oferece a realização de um desejo com a comodidade de entregar em casa é ótimo”, afirma Lígia Dutra, especialista, palestrante e consultora de e-commerce.
Segundo Lígia, “quem tem uma loja virtual já está no caminho certo”. A especialista diz que ter um comércio online é quase fundamental para todos os empresários que têm loja física. Parece exagero, mas não é. Lembre-se que as Classes C e D continuam em franco crescimento e estão invadindo o mundo virtual em todos os seus segmentos, das redes sociais à segurança de acessar bancos e fazer compras pela internet e pelo celular. Isso significa que essa massa gigantesca de seres humanos economicamente capazes estão se tornando multicanais. Isto é, usam vários recursos como redes sociais, celulares, telefones e internet para obter informação e fazer compras. “Se seu cliente é multicanal, você também precisa ser, se perguntar quem é o seu cliente e onde ele está.”
A internet é o canal principal de atuação, mas não se pode esquecer que é só um canal. A loja física precisa ter uma loja virtual para que seus clientes procurem produtos antes de sair de casa ou até mesmo comprem pela internet. Muitos vão às lojas em seus horários de almoço, voltam ao trabalho e compram pela loja virtual. “A internet é o principal canal de comunicação, de negócio e de relacionamento para qualquer público”, afirma Lígia Dutra. “É o nosso endereço que nunca muda, aquele que tem nosso telefone, e-mail e outros meios de contato.”
Do lado de lá do balcão, o lojista não pode simplesmente dar dois cliques e colocar sua loja virtual no ar. É preciso ficar ligado em todas as nuances, procedimentos e processos úteis e legais. Um deles é o vai-e-vem do dinheiro. Como o cliente vai se sentir seguro ao pagar e como o lojista vai receber? De olho nas necessidades da transação comercial pela internet, algumas empresas desenvolveram e lançaram gateways de pagamento online. Gateway nada mais é do que um sistema que reúne todas as formas de pagamento para que o empresário não precise assinar um contrato com cada operadora de cartão. A Braspag, por exemplo, colocou no mercado recentemente o Pagador 2.0. A ferramenta memoriza de forma segura os cartões de crédito dos clientes cadastrados, dessa forma o consumidor não precisa fazer o cadastro todas as vezes que acessar o site de compras. Com o gateway da Braspag, o cliente pode escolher como quer pagar. Uma parte pode ser em débito e outra em crédito, 40% em um cartão e 60% em outro. “Quanto menor o esforço na hora do pagamento, maior o número de vendas”, afirma Lígia.
Outro gateway de pagamento bem popular entre donos de e-commerce é o iPagare. A ferramenta também possibilita a memorização dos cartões do cliente e um processo rápido de pagamento, permanecendo no ambiente do site com confirmação online. Esses recursos facilitam o trabalho do lojista porque ele tem relatórios das compras feitas em sua loja virtual. “O produto tal é mais pago com boleto o outro com cartão de crédito, assim consigo estatísticas para realizar estratégias”, afirma Pedro Waengertner, professor de Varejo E-commerce da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

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